terça-feira, 1 de dezembro de 2009

sonhos....



Cores fortes, vivas, intensas. Um sentimento de curiosidade, inquietude desassossegada. Alto, alto, muito alto... perto do céu, a liberdade!
Ariela sonhará. Sonhará que tocara o céu e via de perto suas matizes  rosáceas, azuis, purpúreas..... A elétrica corrente que percorria seu corpo, tornou-se aos poucos uma calmaria aconchegante onde, finalmente, se sentira livre... por alguns instantes, quão breves instantes, esteve livre...
Livre para sonhar. Livre para buscar as respostas de suas inquietações. Livre para respirar...
Acordou.
Quão doloroso não foi perceber que era apenas um sonho...  O vazio intrigante e enorme... Por segundos desejou voltar. Volta a seu mítico mundo dos sonhos. Voltar a sensação de vida, liberdade, ...
“Escrever. Preciso escrever!... Meu remédio, meu vício, .....essência de minhas verdades...máscara de minhas falácias........” – Pensou Ariela ao levantar-se!
A luz fraca não lhe fazia diferença. A caneta corria veloz por entre as linhas. Como em transe, escrevia, mas sem saber o que.  Era um daqueles momentos  de rara e sutil inspiração. Como se palavras fossem, na verdade, sentimentos libertos de seu coração, pensamentos que lhe povoavam a mente... Como por intermédio de sua fada-madrinha, selou-se sua fluidez e pode sentir, novamente, a sensação de liberdade.
Concomitantemente, a chuva começou mansa a cair por de trás dos vidros de sua  janela. Apagou a luz e deitou-se. Respirou fundo.
“As palavras e os sonhos. Expressão de liberdade...” – Aos poucos o som manso das gotas suaves de chuva embalou o sono de Ariela. Por algum tempo retornaria a seu mundo mítico.... Estaria livre..... 

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